domingo, 18 de dezembro de 2011

A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou uma necessidade?

Estabelecendo um paralelo entre os textos lidos e a nossa reflexão sobre o tema das T.I.C na educação, chegámos à conclusão que a integração das T.I.C na aprendizagem é vista como uma necessidade de adaptação aos dias de hoje.
O recurso às novas tecnologias veio proporcionar a oportunidade do aluno ser capaz de construir o seu próprio conhecimento (Vigotsky), envolvendo-o assim no processo de aprendizagem de uma forma ativa.
De acordo com o texto de João PazA utilização das T.I.C começa cedo e começa na escola”, as crianças estão rodeadas pelas novas tecnologias em todo o seu dia a dia, quer a nível social quer a nível lúdico, por isso devemos adaptar as T.I.C às aprendizagens e vice-versa de modo a cativar a criança, ressalvando que capacidades como a de “interpretar e refletir sobre a informação” não são substituíveis por conteúdos presentes na internet.
Sabemos, também, que as crianças cada vez são mais autónomas e que muitas das suas aprendizagens são feitas fora da escola, e como refere António Dias Figueiredo, há muitos pais que inscrevem os seus filhos em atividades fora da escola para garantirem que os seus filhos adquirem outras competências que não escolares.
Na nossa opinião o facto das novas tecnologias estarem muito presentes no quotidiano das crianças pode representar um perigo. Sabemos de ante mão que é uma mais-valia nas aprendizagens, pois como refere António Dias Figueiredo no texto Novos media e velha aprendizagem, é um veículo de autoeducação à distância, mas também concordamos que pode representar um perigo para faixas etárias mais novas, pois os materiais tecnológicos têm que ser testado por profissionais da educação para não haver riscos das crianças entrarem em sítios perigosos.  
As T.I.C também apresentam aos docentes desafios noutros níveis de ensino, nomeadamente no ensino superior. A heterogeneidade das turmas é um dos “problemas” que podemos encontrar nesse mesmo ensino superior. Existem muitos alunos que acabaram o ensino secundário há alguns anos, outros vivem em locais isolados onde pouco ou nada contactaram com as novas tecnologias. Deste modo, cabe ao professor encontrar estratégias flexíveis que possam contornar as dificuldades que estes alunos mais velhos possam ter, combatendo a sua desmotivação e aversão à tecnologia.
Encontramos muitas vezes usos errados das novas tecnologias, pois as tecnologias são novas mas as aprendizagens são velhas, os professores têm que mudar as suas estratégias de ensino para conseguirem obter resultados mais positivos por todas as faixas etárias educativas.
Como afirma a professora Fernando Botelho no texto Globalização e cidadania: reflexões soltas, no ensino superior é mesmo necessário que os estudantes tenham familiaridade com as TIC pois com o Tratado de Bolonha espera-se uma maior autonomia por parte dos estudantes, e que entrem no “espaço europeu do ensino superior” o que vai fazer com que o ensino superior sofra grandes mudanças no seu estilo de ensino.
No que toca ao papel dos alunos fase às TIC, concordamos com o ponto de vista de Patrícia Fidalgo quando fala do trabalho que estes têm que desenvolver, quando esta afirma “ …caberá sempre a estes adquirirem apriori um grau mínimo de literacia em ambientes tecnológicos de modo a fazer face ás exigências que o uso das TIC numa formação superior exige” . Assim, defendemos que, para aceder ao ensino superior, o conhecimento das T.I.C, mesmo a um nível mínimo, deveria ser um requisito. Deste modo, seria mais fácil promover a autonomia visto esta ser “ um dos objetivos primordiais do ensino”.

Trabalho realizado por: Mafalda Lopes e Neuza Neto 

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