segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A importância do jogo na educação

"a criança sempre brincou. Independentemente de épocas ou de estruturas de
civilização (...), portanto, se a criança brincando aprende, por que, então, não a ensinarmos de maneira que ela aprenda melhor?"


LOPES, 2000 pág.35


O jogo aparece na educação das crianças como um suporte atractivo para se aprender, utilizam-se os aspectos do jogo que despertam o interesse e motivam as crianças para as auxiliar nos estudos.
As atividades lúdicas têm como objetivo estimular a iniciativa e a curiosidade do aluno.





os jogos podem ser utilizados para introduzir conteúdos ou formar conceitos,
todavia, devem ser escolhidos e preparados com cuidado, levando a criança a adquirir
conceitos significativos”


ALMEIDA , 2000, p.31



Isto é, nem tudo o que se intitula como jogo educativo pode de facto ensinar, é necessário por parte do educador ou professor analisar o jogo e a sua intencionalidade pedagógica antes de o apresentar à turma. Verificar se os conceitos que aborta estão corretos e se são pertinentes para o grupo alvo, se incentivam a criança a continuar ou se têm frases derrotistas quando elas erram.

Nós, recorrendo ao programa JClick, resolvemos criar um conjunto de pequenos jogos  para o auxilio na aprendizagem dos nomes coletivos, tendo como publico alvo o 2ª ciclo ( crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 13) visto que é um tema integrante do curriculo para o 2º ciclo.


Construimos atividades que pensamos serem pertinentes e ao mesmo tempo apelativas para a aprendizagem ou verificação de conhecimentos das crianças. No conjunto das 4 atividades que elaboramos, estas começam num nivel mais básico, com duas tarefas relativamente simples (Completa a frase e Encontra o correspondente) aumentando posteriormente o grau de dificuldade (Cruzada dos coletivos e Encontra os nomes). Nas atividades mais elaboradas recorremos ao auxilio de imagens e ao menu de ajuda.

A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou uma necessidade?

 
Vivemos cada vez mais numa sociedade onde as tecnologias fazem parte do quotidiano das pessoas, em inúmeras profissões.
           Antes de existirem as TIC as pessoas já andavam na escola, já se formavam e tiravam cursos superiores, o que nos faz pensar se as tecnologias são ou não realmente necessárias, mas quando a sociedade onde estamos inseridos recorre ás tecnologias para quase tudo a situação altera-se.
Uma educadora de pré escolar pode optar por recorrer ás TIC ou não, visto que a internet oferece um leque vastíssimo de sites com jogos e atividades educativos para diversas faixas etárias e sobre diversos temas, é uma forma mais dinâmica de dar uma aula e é mais apelativo para as crianças. Mas escolher apenas um jogo bonito não é suficiente. Tem que se analisar as suas potencialidades educativas, isto é, o que é que as crianças vão aprender com o jogo e se se enquadra ou não no tema que a educadora pretende trabalhar. Fazer este tipo de atividades com um público da faixa etária correspondente ao pré escolar é relativamente fácil, as crianças respondem a estímulos visuais e auditivos mais facilmente e não estão muito familiarizados com as TIC pelo que são facilmente cativados.
Hoje em dia existe pelo menos um computador em muitas casas, ou seja, as crianças estão em contacto com computadores, aprendem a trabalhar com eles desde pequenos. A internet surge não só como instrumento de lazer mas também como instrumento de auto aprendizagem, o aluno faz a sua pesquisa e aprende acerca de um determinado tema ou pesquisa algo que um professor tenha pedido. Enquanto antigamente as pessoas passavam horas nas bibliotecas agarradas a livros, agora a informação está a um clique de distância.
À medida que vão utilizando as TIC querem encontrar cada vez mais informação, jogos cada vez mais desafiantes e novas formas de interagir.
“Exigem também maior actividade e interactividade, mobilidade, convertibilidade, conectividade, ubiquidade e globalização.”
in Novos Media e Nova Aprendizagem, por António Dias de Figueiredo
Os professores têm que se adaptar a uma sociedade em constante desenvolvimento, a forma como davam as aulas quando começaram a leccionar não pode ser igual à forma como as dão hoje, existem ainda assim muitos que se opõem à utilização das TIC.
No ensino superior, o caso é ainda mais complicado do que com alunos de 1º e 2º ciclo ou do secundário. As turmas são heterogéneas, tem alunos que acabaram o secundário e ingressaram no ensino superior, e alunos de idade adulta que já trabalham e só agora estão no ensino superior, os alunos mais novos estão completamente familiarizados com as TIC e sabem como as utilizar ao passo que os alunos mais velhos não o sabem fazer. Neste caso cabe aos professores e aos alunos negociarem uma forma de atenuar essas diferenças de saberes.A internet fornece bastante informação mas nem toda credível, ajuda bastante na educação mas não ensina, o aluno continua a ter que interpretar o que pesquisou e analisar a informação, coisas que também se fazem com um livro.
A meu ver a integração das TIC é uma necessidade. Como ser professor ou educador é uma profissão que exige formação constante, se as tecnologias e a sociedade evoluem, o professor precisa evoluir com elas. Se os estabelecimentos de ensino recorrerem a plataformas tais como o moodle, o professor precisa de se adaptar a esse tipo de tecnologias de modo a poder dar resposta ás necessidades dos alunos. Se os alunos são de uma geração que não foi familiarizada com as tecnologias e agora se encontram numa instituição de ensino que as utiliza, têm que aprender a conhecê-las e a trabalhar com elas para poder ter sucesso escolar.


                                                                  Trabalho elaborado por: Cátia Henriques

domingo, 18 de dezembro de 2011

A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou uma necessidade?

Estabelecendo um paralelo entre os textos lidos e a nossa reflexão sobre o tema das T.I.C na educação, chegámos à conclusão que a integração das T.I.C na aprendizagem é vista como uma necessidade de adaptação aos dias de hoje.
O recurso às novas tecnologias veio proporcionar a oportunidade do aluno ser capaz de construir o seu próprio conhecimento (Vigotsky), envolvendo-o assim no processo de aprendizagem de uma forma ativa.
De acordo com o texto de João PazA utilização das T.I.C começa cedo e começa na escola”, as crianças estão rodeadas pelas novas tecnologias em todo o seu dia a dia, quer a nível social quer a nível lúdico, por isso devemos adaptar as T.I.C às aprendizagens e vice-versa de modo a cativar a criança, ressalvando que capacidades como a de “interpretar e refletir sobre a informação” não são substituíveis por conteúdos presentes na internet.
Sabemos, também, que as crianças cada vez são mais autónomas e que muitas das suas aprendizagens são feitas fora da escola, e como refere António Dias Figueiredo, há muitos pais que inscrevem os seus filhos em atividades fora da escola para garantirem que os seus filhos adquirem outras competências que não escolares.
Na nossa opinião o facto das novas tecnologias estarem muito presentes no quotidiano das crianças pode representar um perigo. Sabemos de ante mão que é uma mais-valia nas aprendizagens, pois como refere António Dias Figueiredo no texto Novos media e velha aprendizagem, é um veículo de autoeducação à distância, mas também concordamos que pode representar um perigo para faixas etárias mais novas, pois os materiais tecnológicos têm que ser testado por profissionais da educação para não haver riscos das crianças entrarem em sítios perigosos.  
As T.I.C também apresentam aos docentes desafios noutros níveis de ensino, nomeadamente no ensino superior. A heterogeneidade das turmas é um dos “problemas” que podemos encontrar nesse mesmo ensino superior. Existem muitos alunos que acabaram o ensino secundário há alguns anos, outros vivem em locais isolados onde pouco ou nada contactaram com as novas tecnologias. Deste modo, cabe ao professor encontrar estratégias flexíveis que possam contornar as dificuldades que estes alunos mais velhos possam ter, combatendo a sua desmotivação e aversão à tecnologia.
Encontramos muitas vezes usos errados das novas tecnologias, pois as tecnologias são novas mas as aprendizagens são velhas, os professores têm que mudar as suas estratégias de ensino para conseguirem obter resultados mais positivos por todas as faixas etárias educativas.
Como afirma a professora Fernando Botelho no texto Globalização e cidadania: reflexões soltas, no ensino superior é mesmo necessário que os estudantes tenham familiaridade com as TIC pois com o Tratado de Bolonha espera-se uma maior autonomia por parte dos estudantes, e que entrem no “espaço europeu do ensino superior” o que vai fazer com que o ensino superior sofra grandes mudanças no seu estilo de ensino.
No que toca ao papel dos alunos fase às TIC, concordamos com o ponto de vista de Patrícia Fidalgo quando fala do trabalho que estes têm que desenvolver, quando esta afirma “ …caberá sempre a estes adquirirem apriori um grau mínimo de literacia em ambientes tecnológicos de modo a fazer face ás exigências que o uso das TIC numa formação superior exige” . Assim, defendemos que, para aceder ao ensino superior, o conhecimento das T.I.C, mesmo a um nível mínimo, deveria ser um requisito. Deste modo, seria mais fácil promover a autonomia visto esta ser “ um dos objetivos primordiais do ensino”.

Trabalho realizado por: Mafalda Lopes e Neuza Neto